Versões

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Inovação na Educação - Brasil. No Brasil??? Isso mesmo, Brasil!

Escola sem muros no bairro educador


A EMEF Presidente Campos Salles foi inaugurada em 1956, quando a região ainda era rural e a escola atendia às famílias que trabalhavam em chácaras e em olarias. Na década de 70, a criação do então maior hospital da América Latina, Hospital de Heliópolis, atrai trabalhadores nordestinos. A partir de então, inicia-se um processo de ocupação desordenada da região. Uma ação de remoção de famílias que moravam em Vergueiro por conta de obras coordenadas pelo Paulo Maluf, prefeito na época, traz para a região um número ainda maior de pessoas que não tinham onde morar. Os puxadinhos e gatos dominam . Os anos que se seguiram, marcaram Heliópolis pela onde de violência, pela presença intensa do tráfico de drogas e a região ganha fama internacional “de maior favela do mundo”. A Campos Salles também sofre com a estigma e passa a ser conhecida como a escola dos “favelados e marginalizados”.
Braz Nogueira: "A revolução que queremos neste País tem que começar pela escola"


Este é o cenário que o diretor Braz Nogueira encontrou quando assumiu em 1996 a gestão da instituição. Sua estratégia, então, foi de abrir a escola (derrubar os muros e grades) e promover um intenso processo de aproximação junto à comunidade. Foram realizados cursos para pais e lideranças sobre a importância da educação e cidadania. O lema era “tudo passa pela educação”. Surgiram as comissões de limpeza, conservação, cultura, esporte e lazer, reivindicação. Em dois anos, o Conselho Escolar transforma-se numa instância ativa e a “a escola dos favelados” torna-se a “escola da comunidade”.


Escola em Heliópolis implanta república de alunos

Quem ouve o prefeito, os secretários e os vereadores falarem não acredita. Explicam em pormenores como tudo funciona, resolvem conflitos, debatem assuntos de interesse de seus pares, escutam suas reivindicações, discutem como encaminhá-las. Em tempos de eleição, daria até para pensar que o grupo é formado por políticos vencedores do primeiro turno já montando suas equipes. Mas não. São alunos com idades entre 10 e 15 anos, eleitos para serem os primeiros gestores da república de crianças recém-constituída na EMEF Presidente Campos Salles, escola pública localizada em Heliópolis, segunda maior favela de São Paulo, que se inspirou na Escola da Ponte para adotar um modelo de educação democrática.

Na república da Campos Salles, as crianças eleitas têm poder de decisão, inclusive em assuntos que os alunos nem sempre são bem vindos, como questões administrativas e regras gerais de funcionamento da escola. E o que eles decidem, se for viável, tem poder de lei. A escola tem um prefeito, Wilas de Arruda,15, e quatro secretários responsáveis pelas áreas de Cultura e Esporte, Comunicação, Convivência e Diversidade, Saúde e Meio Ambiente. Além de cerca de 30 vereadores e suplentes. Todos responsáveis por se envolver na gestão de uma escola com 1.100 alunos de ensino fundamental.
Para entender um pouco melhor esta história de sucesso você deve assistir este vídeo:

"A Escola Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Pudesse Existir"

(Rubem Alves)
Formato: Livro
Autor: ALVES, RUBEM
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: PAPIRUS
Assunto: PEDAGOGIA

Toda História de sucesso tem o dever de ser propagada por todos e para todos.



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