Versões

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sábado, 25 de maio de 2019

Um Amor que constrage - Apresentação

Nome: Mônica Gomes

Data de Nascimento: 18/01/1968

Local de Nascimento: São Paulo - SP

Carreira de Vida: Sua carreira começou aos 04 anos de idade quando conscientizou-se que o que existe de mais importante no mundo é o Amor, enquanto apaixonou-se pela Arte e percebeu que fora feita para dar amor, carinho, tempo, dedicação, fidelidade e verdades a uma única pessoa escolhida por seu coração. 

Citação: Entre as coisas desimportantes, eu me vi. Vi minhas cores nela. 

Profissão: Professora ao acaso, Arte na alma e no respirar. O acaso escolheu para mim a profissão que tenho muito orgulho... O Ser professor!

Razão da Vida: Agora... Tudo começa!...

O amor move o mundo e só o Amor tem o poder de mudar o mundo. 

Amor verdadeiro, o Amor romântico, é aquele onde duas pessoas se amam, independente das situações e problemas que possam viver. O amor verdadeiro é aquele que resiste a qualquer dificuldade, com diálogos, sempre juntos, fazendo com que o casal fique unido nos momentos ruins e comemore todos os momentos alegres juntos. É a cumplicidade, a amizade, o desejo, o tesão, a confiança. É o querer sempre estar perto do ser amado.    (Achismo)


A entrega de seu coração, sentimentos, tempo e amor constrange.

O ato de amar deveria ter o efeito de refrescar a alma. É o saber que neste mundo emerso em individualismo e falta  de empatia existe alguém que lhe quer tão bem e em tão alta estima que é capaz de doar seu tempo para refrigerar a alma da pessoa amada.

O que falta entre os seres humanos é a reciprocidade.

A felicidade verdadeira seria o caminhar, um ao lado do outro, com interesses em comum, com prazer em estar juntos em todos os momentos da vida, em se considerar o sentimento do outro.

A perfeição não existe num mundo imperfeito.
O Amor atenuaria essa imperfeição.

Mas, as muralhas são erguidas pelo mundo afora e cada vez mais vivemos num mundo de individualismo exacerbado e egocentrismo hipervalorizado.

Enquanto não olharmos o outro e  enxergarmos suas necessidades, seremos todos iguais ao que mais desprezamos no mundo.

Sigo um caminho solitário. 

Vivo um idealismo tolo.

Minha alma acredita na nobreza de caráter.

Minha alma acredita que o Amor deveria mover o mundo.
(...)

Eu, Mônica Gomes,  incorrigivelmente romântica de alma sensível. Sou das Artes!
🖤

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Carta Aberta - Minha Enxaqueca Particular

Começo minha história com uma mãe muito cuidadosa, minha mãe!

Minha mãe me levava constantemente aos médicos, desde que eu era pequenina, afinal eu tinha muita dor de cabeça. Foram muitos eletroencefalogramas, muitas radiografias, exames de sangue e afins.
Sem diagnóstico é claro.

Embora todos os esforços envidados ainda, acredito eu, era difícil o diagnóstico. Cresci ouvindo: "Mas, criança não tem dor de cabeça." Fato é que eu tinha.

Muitos anos depois, já mãe de meus três filhos, sem entender a natureza de tudo aquilo, após alguns médicos, check ups, exames, fui diagnosticada com enxaqueca.

Bom, pensei eu, tantas pessoas no mundo tem, por que eu seria a "sortuda" em não ter, não é?
Diagnóstico dado, comecei tratamentos de curta duração, a me precaver com remédios na bolsa. Medo de a enxaqueca e os seus sintomas atrapalharem a rotina do dia e da vida.

Como disse, mãe de três lindos e maravilhosos filhos, eles cresceram com essa alcunha da mãe. São as únicas pessoas no mundo que já me viram como ninguém mais. Devo a eles a compreensão, o apoio, as minhas conquistas e a minha vida. 

Essa enxaqueca, de umas duas ou três crises ao ano, começou a ser mensal, em dias que não coincidiam com nada. Fiz investigação alimentar, o chamado diário da enxaqueca, nada indicava ser alimentar, não coincidia com o período menstrual (então, a causa não era hormonal), mas... Coincidia com os "problemas da vida".

Após 2007, período bem difícil, ela, a enxaqueca, começou com essa constância absurda, percebi que nada estava segurando ela. Ir ao pronto socorro começou ser opção, mas voltava frustrada, sem grandes melhoras, somente a consciência que não existia remédio que a coibisse.

Só em 2011 me rendi aos remédios mais fortes, remédios neurológicos que acabaram com meu corpo e vida social. A esperança era controlar a enxaqueca, mas ela só agravava. Começaram as crises semanais.

De alguns médicos maravilhosos (outros nem um pouco), um deles me olhou bem dentro dos olhos, como se visse o sofrimento da minha alma e disse: "Não se preocupe, eu vou cuidar de voce". Me senti abraçada. Este ser humano especial, que vestia jaleco, me olhou como um ser humano. Me fez, por instantes, tirar de mim a culpa de ter enxaqueca. Mudou os remédios e fez o pedido de um exame chamado Angioressonância Magnética. Descobri apenas, como disse o médico, que tenho um defeitinho de nascença e não posso tomar os remédios comumente utilizados para enxaqueca.

Dado o acréscimo de informação, não havendo nada a ser feito, vida que segue, mas segue com enxaqueca.

E agora?

Continuei os tratamentos neurológicos, que me prometiam, que se um dia surtissem efeito para controlar a enxaqueca, eu o tomaria para o resto da vida.

Em 2016 cansei. Cansei muito. Cansei de verdade.

Resolvi assumir a enxaqueca em minha vida. Desisti dos remédios que estavam me tirando do convívio social e não tiravam a enxaqueca.

Comecei a fazer tratamento homeopata, conseguiu controlar as crises intensas e não me dava reações adversas. Neste momento tenho que frisar que esse médico homeopata, de sorriso largo e acolhedor, foi outro anjo que foi inserido em minha vida.

Vale ressaltar que agora só tomo remédio quando existe possibilidade de ajudar a me manter para continuar o dia (mesmo com dor) cumprindo minhas funções de vida, de trabalho e sociais.
Nas crises intensas, que costumo dizer "incapacitantes" de nada adianta tomar remédio. É deitar no escuro, ficar quietinha e deixar todos os sintomas tomar conta do meu corpo até eles, por si próprios, irem embora.
Nenhum remédio segura esse processo.

Para quem tem enxaqueca e se identificou, digo ainda mais, nos sentimos culpados por ter enxaqueca. Não somos. Somos fortes. Só caímos em casos extremos. Na maioria das vezes, estamos com dor (trabalhando, estudando ou em outro qualquer convívio social) sorrindo e sendo gentis, sem que as pessoas desconfiem como está nossa alma. 

O nome que deram para minha enxaqueca? Enxaqueca crônica com aura motora. Além da dor de cabeça, a minha especialmente no lado esquerdo, tem os sintomas como flashes luminosos na visão, que se movimentam em zigue zague, as vezes pontos luminosos, surgimento de pontos cegos, perda da noção de espaço, confusão mental, vertigem, vômitos por vezes, mas sempre o mal funcionamento do estômago e náusea, mal funcionamento do intestino, visão dupla, muitas vezes perda parcial da visão ou total; dormências e formigamentos no lado esquerdo do corpo (se fosse visível, eu estaria dividida inteira ao meio), com paralização deste lado - não consigo me mover, inclusive divide até a língua, causando dificuldades na fala - e, ainda, perco coordenação motora... Ah! E noção de espaco, que já me rendeu alguns acidentes.

Então, como costumeiramente falo, se enxaqueca fosse uma "dor de cabeça mais forte" nós, enxaquecosos, seríamos muito felizes.

Mas... Somos!

Não pela dor... Somos felizes e prosseguimos a vida muito satisfeitos se as pessoas que amamos compreendem essa nossa falha involuntária, no meu caso de nascença.

Por fim, sou gratissíma aos que se compadecem e procuram compreender (sei que não é fácil), aos enxaquecosos "estamos juntos na luta" e aos que não têm enxaqueca sintam-se extremamente afortunados. Porque cada dia é uma dádiva!





Único registro em plena enxaqueca


Eu?
Sou grata pelos lindos filhos que tenho e pelo sobrinho maravilhoso, meu filho também. Me considero a pessoa mais agraciada do mundo inteirinho.
 🖤


Entre as coisas desimportantes, eu me vi.
Vi minhas cores nela.
(Mônica Gomes)

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Acreditares... Passeando pelas palavras


As palavras sempre estiveram em mim e comigo viveram pela vida, se esvaíram na escrita.

Hoje tento fugir das palavras, procuro quase que em vão me recolher aos silêncios.


De certa forma a vida é simples e talvez o mais simples diálogo seja mais significativo que os jogos de egos e interesses pessoais, a escuta atenta sem a defensiva habitual, que em nada agrega ao relacionamento humano.
O mundo costuma ser hostil ao pensamento livre e criativo, aos valores verdadeiramente humanizados com amor. O amor precisa existir verdadeiramente. Não é palavra amor banalizada em expressões e mídias, o amor de atos e palavras, o amor verdadeiro.

O mundo conseguiu abalar meu eixo.

Recentemente algumas pessoas desafiaram minha percepção de vida. Meus valores foram colocados em xeque. Não em mim. Não isso nunca. Os bons valores procuro cultivar. Creio na bondade, na verdade, na corretude de caráter, em considerar-se o outro, no respeito a vida coletiva... Creio ainda, na livre escolha de cada homem e mulher, creio que nossas escolhas nos formam, encaminham nossas vidas e afetam, principalmente e necessariamente, ao ciclo de pessoas as quais amamos e nos amam. O bom senso deveria ser o pilar que nos rege para o relacionamento humano.
Homens e mulheres, muito além de gênero, deveriam ser considerados iguais pelo mais simples fato de sermos todos humanos. É bem verdade que intelectualmente temos as mesmas oportunidades se o contexto de vida for similar, tanto um como outro, pode sobressair em intelectualidade, academicismo e sabedoria.
Importante observar quais hipóteses estão por trás das diferenças apontadas. Fato é que somos biologicamente similares e diferentes, os hormônios que regem nosso corpo humano são diferentes, dentre outros detalhes. Certa veracidade (veracidade no sentido de que ainda existam homens assim, e são muitos, alguns disfarçados) no que ouvimos pelas rodas de conversa, que ainda nos dias atuais, homens defendam que algumas atitudes são estritamente masculinas e as justificam meramente pelo fato de que homens e mulheres são geneticamente diferentes... Questiono-me: essas diferenças tiram do ser, homem ou mulher, o poder de escolha? As diferenças suprimi a culpa em comportamento desonesto e, ainda, as diferenças confere o direito de magoar outro?
Podemos observar que o relacionamento humano obedece a uma desordem, desde que temos registros históricos, em grande parte a dificuldade está na falta de empatia, no egocentrismo exacerbado e na inabilidade humana de enxergar o outro.
Alguns levantam suas vozes embasados na literatura (extremamente correto), mas esquecem e adormecem a voz do coração. Colocam-se na retaguarda, construindo verdadeiras muralhas entre si e quem realmente é importante, aqueles que amamos e nos amam. Perdemos tempos preciosos de vida, tempos reservados para a felicidade na formação de uma vida finita levada para eternidades.

Diante de todas essas palavras conversadas, sem fugir ao teor de nossa conversa - o ser humano - se faz necessário discorrermos sobre sucesso. Quantas vezes podemos observar nos votos de feliz aniversário a palavra sucesso?

Neste ponto de nossa conversa gostaria de citar Winston Churchill que diz “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”. Nietzsche em um de seus momentos de sabedoria discorre “Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fieis a nós mesmos”. E ainda, tentando não me delongar em citações, arrisco uma última: “Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso” – Albert Einstein.

Certa vez, a bastante tempo, fui surpreendida por meu sobrinho com uma pergunta: “Titia, o que é ter sucesso?”. Deparei-me com uma mudez de pensamentos tamanha frente a extraordinária pergunta. Respirei fundo, não poderia dar uma definição que não fosse aquela que acredito.

Em meu discernimento sucesso é alcançar na vida e no trabalho, em consonância com nossos ideais, o prazer de realizar e estar (seja em qual lugar for), fazendo bem aos outros, sem corromper seus valores, respeitando o semelhante, sucesso é encontrar alguém na vida que seja seu amigo, companheiro, cúmplice e amante, amar e valorizar a família e, em momento nenhum o sucesso está atrelado ao dinheiro, ele extrapola bens materiais, sucesso é o amor e felicidade pessoal e daqueles que permitimos fazer parte de nossa vida que são únicos.

Assim falei a ele.

Após expor minhas ‘certezas’ de sucesso, cabe a mim dizer, que ninguém é dono da verdade. Constantemente procuro sabedoria divina para minimizar as mágoas que posso vir a causar em alguém e, que se porventura venha acontecer, sabedoria para enxergar o outro e reparar o mal que causei. Almejo um discernimento extraordinário e uma abrangência imensurável de amor, com capacidade sobre-humana de demonstrar proteção aos sentimentos e em fazer o bem, direcionadas as pessoas que são únicas em minha vida.

É a mais pura verdade que acredito que é o amor que rege o mundo, e só o amor pode salvá-lo, só o amor reconhece o que é verdade. É uma perda de tempo para a história humana ou a própria história a hostilidade, a malquerença, o ódio ou nutrir ressentimentos. Dentro dos meus acreditares, acredito que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos, quando o damos a alguém é um gesto de grande amor - ganhamos tempo. Acredito que o amor verdadeiro é aquele que procura resistir as dificuldades, independente de situações, procurando o senso comum para um desenlace com meta na felicidade. Acredito que o ser humano foi criado para a felicidade, e o amor é a consequência da felicidade. Acredito que o amor verdadeiro se preocupa com o grande, com os sentimentos, com o outro, com o tempo, com a felicidade, com as eternidades.

Concluo citando Sófocles:
“Uma palavra nos liberta de todo o peso e da dor da vida: essa palavra é amor.”

Esse Amor em forma de pessoas que enxergam com o coração.

  

Entre as coisas desimportantes... Eu me vi.
Vi minhas cores nela.

Mônica Gomes


 A alma é uma borboleta...

há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose...
Rubem Alves