Versões

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Continuo amando... II

Para mim, domingo, fecha-se um ciclo, fecha-se um ano... mais um.


Hoje, indo para trabalhar, e com a mudança de céu repentina, (fez-se noite num instante) constatei (novamente) como somos frágeis. Somos pequenos e frágeis diante da imensidão do Universo.

Dia triste para mim, fazem oito anos que perdi uma das pessoas mais importantes de minha vida, minha irmã. Aquela amiga única, querida cúmplice, linda de viver... Morreu...

Fiquei sem ela, de repente, numa fração de segundo há oito anos atrás, um médico me dizia a notícia. Lembro-me da dor como se fosse neste momento. Meu ar faltou. Meu coração parecia parar. (Não estou exagerando... Foi literal.) Minha querida, minha amada, minha linda, minha amiga não estava mais ali? Como assim?

Quem iria me ligar todas as manhãs para dizer-me bom dia? A quem iria confidenciar minhas dores, amores e felicidades?
Ela, linda mulher, e eu crescemos juntas e juntas sofremos e rimos...
E agora, como seria?

Continuei a jornada. Como doeu. Pareceu-me que iria morrer junto. Não morri. Estou aqui, oito anos depois...
Posso dizer que dói como se fosse hoje. Hoje, dia 14/01/2015, ainda vivo... Sem desespero, mas com aquele tipo de saudade que mescla a felicidade dos momentos vividos e a impotência frente ao não poder viver mais! É um misto desigual, porém constante. Acompanha-me.

Por conseguinte, agora, meus amados sempre me ouvem dizendo: “O importante é ser feliz, não percamos tempo com mágoas ou conversas atravessadas, minimizemos os problemas, simplifiquemos a vida. Se for para estressar-se não faça! Porque o importante é ser feliz!”



Saudade de ser feliz com você, minha irmã!




Saudade de um tempo ido... Onde o portão [baixinho] abrigava uma Caliandra Rosa, um perfume estonteante [sem existir], com o farfalhar das folhas que embriagava a juventude de cumplicidade...

(Um dia, em pensamentos e saudade... Da cumplicidade inerente e existente com minha irmã.)

Eu, Mônica Gomes.


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