“A definição aceita
internacionalmente para tráfico de pessoas encontra-se no Protocolo Adicional à
Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo à
Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e
Crianças (Palermo, 2000), instrumento já ratificado pelo governo brasileiro.
Segundo o referido Protocolo, a expressão tráfico de pessoas significa:
“O recrutamento, o
transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas,
recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à
fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à
entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de
uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.”
Na maioria das vezes
mulheres e crianças, são levadas para fora do país, onde são prostituídas,
violentadas e vendidas por preços altos. A face mais visível do problema é o
turismo sexual e o embarque de mulheres dos países de origem para os países
receptores em busca de oportunidades de trabalho em casas noturnas e boates. E
também, a venda de órgãos, adoção ilegal, pornografia infantil,às formas
ilegais de imigração com vistas à exploração do trabalho em condições análogas
à escravidão, ao contrabando de mercadorias.” ¹
Interessante notar, que
existe criminalmente, punição para o comércio ilegal de pessoas. Se bem
aplicado, isso é muito bom! Protege seres humanos que, tão inocentemente, são
abusados em sua credulidade.
Bem sabemos que na
prática, infelizmente, não funciona tão bem!
Bem aventurados aqueles
que conseguiram o amparo da lei para libertá-los! Quiça todos conseguissem!
Mas não estou aqui para
discorrer sobre esse assunto tão polêmico quanto o que irei analisar e colocar
minhas considerações.
Com o advento das redes sociais,
a globalização, o mundo em nossas mãos, com o poder da mídia, seja televisiva,
imprensa escrita, internet, ou outra qualquer, as pessoas se perderam!
Sim, afirmei que as
pessoas se perderam!
Temos um mundo de conhecimento
em nossas mãos, poderíamos nos tornar melhores que os grandes homens e mulheres
do passado, que tiveram que cavar suas descobertas, precisaram lutar por ideias
e ideais, quando a pesquisa era árdua!
Hoje, embora tenhamos acesso rápido e imediato aos
conhecimentos, optamos pela venda legal de pessoas! Nós próprios nos vendemos.
Vendemo-nos como pessoas; nossos perfis e fotos nos vendem.
Onde fica a cultura?
Temos o evento da “cultura
da massificação”, aplico este termo aqui, não como nos termos do Período da Revolução
Industrial, mas paralelamente comparando,está desaparecendo a cultura e
diferenciais individuais, todos estão iguais, vivem uma “coletividade” que
tornam iguais os objetivos. Vale mencionar que hoje é totalmente válido
reconhecer como “heróis” indivíduos confinados para satisfazer o voyeurismo humano, e torna-se meta de
nossos jovens! Mulheres que se submetem a humilhações para tornarem-se famosas e, o pior, todos acham correto!
Um dos efeitos mais
perigosos da massificação é a alienação das pessoas. Preocupa-me que
esta alienação esteja contagiando uma sociedade inteira, sem distinção de
idade!
Percebemos pelo teor,
pela postura ou interesses, que tão facilmente sobressaem nas redes sociais,
como já se tornou uma epidemia.
Precisamos acordar.
Valores não são ruins!
Valores não são ruins!
Lutar por uma vida
digna não é ruim!
Buscar conteúdo,
cultura e inteligência não é ruim!
Acordemos!
Vivamos a vida ao
máximo, mas nunca nos agredindo como pessoas!
Nem a ninguém!
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