Versões

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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Quando se Vive Um Luto

 Eu penso... e venho pensando na viagem chamada vida.

(Se penso,  logo existo?)

Eu, Mônica Gomes. 


O olhar [atento?] diversas vezes [diz que] sou controladora e autoritária. 

Quando o olhar nos vê assim não pode permanecer.

Tornei corriqueira, uma qualquer, um qualquer nada, a pedra no meio do caminho.

A invisibilidade sem cor.

A desimportância.

Insensatez amar assim.


A tristeza toma conta em minha insignificância.

Em sonhar [pois sempre tive um sonho] acreditei que o amor fosse a força mais forte do universo.


"Quem não tem medo da vida, não tem medo da morte", Schopenhauer fala. Acredito.


Aprendi que amor, tristeza,  mágoas e perceber que somos desimportantes não mata, só dói profundamente.

Mas, não mata.


Dói na alma, mas não mata. 


Escuro de tristeza.

Caminhos escuros percorrem.


Aprendi que podemos tentar fazer tudo, mas "tudo é quase nada", e que nunca sabemos quem realmente somos aos olhos do outro.


E de mansinho explode aquele momento que percemos que nossas palavras não são nada.

É quando percebemos que estar perto não significa estar junto.

E que companhia não significa companheirismo.


Somos os o que o mundo vê não importa o que vemos de nós.


Aquele momento que podemos fazer o mundo e o mundo será pequeno, podemos fazer o universo e o universo será pequeno, podemos fazer o céu e o céu será pequeno.


Um oco de solidão.

Ecooa o oco da solidão e revebera  o vazio

Meu dia cinza e vazio.


Não somos o que achamos que somos.

E um dia a gente descobre que aos olhos de quem se ama somos ridícula,  doida, ditadora, controladora e chantagista.

Silêncio.

Por este fato não consegue definir porque ama. "Sou fraca para o amor."


"Penso transformar-me borboleta."


Só os grandes entendem os dias cinzas e ocos em uma "natureza incental"

Desimportantes eu me vi, vi minhas cores nela.

Saudade (Almeida Júnior)
Pinacoteca do Estado de São Paulo 


(O texto possui várias referências poéticas dos grandes.)

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