Percebi que meu blog não é tão nonsense como eu imaginava.
Atinei que ele satisfaz a razão do meu SER e o meu SER é ser Professora de Artes!
Lá no Metrô Vila Matilde existe
um Banca de Jornal, não dessas comuns, não dessas normais que vemos a cada
esquina, é uma banca para encher os olhos de qualquer apreciador de Banca de
Jornal. Tem de tudo! Acredito que só não é uma livraria por falta de espaço
físico...
[Divaguei...]
Bom! Tarde da noite, numa
segunda, dessas que volto muito tarde da Pós Graduação, resolvi sentar no
último banco da ‘lotação’... Sim, exatamente aquele que quando escolhemos é
porque queremos emoção... Encostei na vidraça e fiquei submersa em meus
pensamentos: "Como aquele rapaz da Banca de Jornal conseguiria fechá-la? Como
conseguiria ele a difícil missão de
fazer toda aquela preciosidade caber logo ali?"
[Sim! Amo Banca de Jornal e
suas infinitudes de opções.]
De repente acordei de minhas
divagações, a ‘lotação’ começou a rodar. Atônita, “abri meus olhos” e olhei a
minha volta. Que surpresa! No mundo real um rosto conhecido e querido
examinava-me. O “Carlos”, amado aluno de tempos passados. Começamos a recordar
em diálogos, tempos idos, muito bem vindos no tempo presente. Por sorte, um
lugar desocupou ao meu lado; percebi que no lugar daquele menino que conheci,
tinha um homem alto, bonito e, o mais importante, cheio de aspirações. Que
alegria! Como é bom “ver” o sucesso, o bom caráter, a urbanidade e sapiência em
pessoa tão querida. Me fez perceber e dar conta de quanto sinto falta de
lecionar! Constato e repito “que não existe mal nenhum em sonhar, principalmente quando
vemos nossos sonhos se tornando realidade”.
Sempre dizia aos meus alunos:
“Vocês são a melhor parte do processo educativo!”.
Hoje, tenho contato com
alguns, encontro muitos, e cada um está feliz a sua maneira.
Nada levamos desta vida,
somente o conhecimento e os momentos felizes que na lembrança carregamos dentro de
nós. Isso ninguém nos rouba, isso ninguém nos tira, faz parte de nosso âmago. Intrínseco no correr de nossas veias. Percebo que meu sonho não é
tão utópico assim e que, o que é de fato importante é amar e ser amado. É ser
feliz e fazer feliz.
Invoco, façamos da vida e suas
complexidades, simples! Simplesmente feliz!!!
Eu, Mônica Gomes, Professora de Artes!
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